sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sobre a Cia. de Ópera

Ontem, dia 18/06/2009, saíram na Folha as primeiras imagens do render (a "maquete eletrônica") do edifício-sede projetado pelos arquitetos suíços Herzog & De Meuron para a Companhia de Ópera e Dança, a ser instalada no quarteirão entre a Praça Julio Prestes, a Al. Barão de Piracicaba, a Av. Duque de Caxias e a R. Helvétia. Eu achei a proposta deles bem interessante artística e esteticamente, com uma concepção diferente das arenas esportivas chinesas. Acho que fizeram bem pensado, realmente levaram em consideração os marcos da arquitetura brasileira e não agrediram a vizinhança histórica da Luz com um prédio que ultrapassasse a altura das históricas e marcantes Julio Prestes e Luz. Tomara que esse projeto saia do papel.

Será que o Governo do Estado e a Prefeitura ouviram minha sugestão ao pensar na instalação desse magnífico edifício justamente no local em que propus a Praça dos Museus? Ou terá sido uma feliz coincidência?

Uma contribuição muito interessante será a demolição também do quarteirão entre a Al. Barão de Piracicaba e a Av. Rio Branco, que se tornará também uma praça onde haverá um dos acessos ao edifício. Assim, esse quarteirão da Av. Rio Branco estará cercado por praças, de um lado essa nova e do outro a praça Princesa Isabel.

Eu não concordo com o Secretário de Estado da Cultura, João Sayad, que afirmou que o "teatro começa como um bunker para, quando houver condições, se abrir para o público. Se deixar aberto agora, vem gente dormir aqui. É irreal colocar mesinha na praça porque há risco de assalto". Com a instalação desse prédio a Praça Julio Prestes tem que ser transformada em um local de lazer e, sim, contar com bares e mesas. Basta um mínimo policiamento! Vão construir um prédio de R$300mi para deixá-lo isolado?

Um parágrafo da reportagem é especialmente animador e mostra uma aproximação entre o entendimento do Governo do Estado sobre a potencialidade cultural da região: "A região da Luz foi escolhida porque é um epicentro de transporte público (...). O complexo ficará a menos de dez minutos das seguintes estações: Linha 4-Amarela do Metrô na Luz, da CPTM (...) e a do trem que irá ligar o centro ao aeroporto internacional de Cumbica". Com todo esse potencial, a Sala São Paulo, a Cia. de Ópera, a operação Nova Luz, etc, acho que chega a hora do Governo pensar no uso do espaço já desapropriado do outro lado da Av. Duque de Caxias para o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) e, numa fase seguinte, na construção do Museu de História Natural. Segundo a própria reportagem, "o autor do projeto de conversão do antigo palácio, o arquiteto Sylvio Sawaya, (...) inclui a ampliação da Pinacoteca, a criação de um museu da ciência na avenida Tiradentes(...)". Basta transferir esse museu para a Praça, Sawaya e Serra!

Abaixo apresento uma alteração que fiz na imagem da Folha, inserindo os espaços do MAE e do MHN na Praça.

2 comentários:

  1. Então, em boa parte discordo num podemos tornar a cidade num museu gigante,

    e as duas localidades selecionadas, são inviaveis, a primeira a do chamado museu de historia natural, há uma edificação do arquiteto Franz Heeep de uma importancia significativa para arquitetura paulista e tombado pelo patrimonio historico,

    a segunda região tbm não daria certo pois já é alvo duma intervenção publica que ficara a cargo da iniciativa privada, que é o Nova Luz,

    a região carece de moradias e serviços, começaria pelo Nova Luz e depois se estendendo para as quadras ao redor,

    isto pra dar uma vida não só diurna pro local mas tambem noturna, evitando que as ruas fiquem desertar a noite

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  2. eu não sei como é que aceitaram assim sem titubiar este projeto, que à meu ver deixa muito mas muito mesmo à desejar, vamos là!, esse era um projeto que iria dar um novo, forte e grandioso simbolo à cidade, mas pela maquete apresentada, me perdorn, mas não é!não é nada de extraordinario, nem de bonito, esses arquitetos fizeram um projeto fabuloso para a filarmonoica de hamburgo, que se esta construindo neste exato momento, num lugar mil vezes mais feio que a atual e momentanea "cracolandia",esse projeto deles é um fiasco, uma verdadeira decepção!, apenas a praça esplanada, que aparece merece sim uma certa consideração, jà o conjuto arquitetural em si é uma vamos là, sem medo de chamar as coisas pelo dseu proprio nome: uma droga!alias em meus projetos diletantes feitos jà desde meus anos de faculdade em curitiba, visualizava uma grande esplanada ligando a(que na época nem existia)sala são paulo à praça princesa isabel, formando assim duas grandes esplanadas "eixos" monumentais e aeradissimos(que são paulo tanto precisa)havia mesmo imaginado um conjunto arquitetonico que abrigaria uma grande galeria e mesmo em seus andares superiores uma sala sinfonica, nos moldes de uma construção(um grande teatro!)antiga existente em copenhague, haveriam grandes arcos criando assim passagem tanto para os pedestres quanto veiculos, alias houve jà nos anos quarenta um projeto de uma grande opera, nesta area, mais exatamente,na avenida rio branco onde hoje se encontra uma vergonha de pseudo rodoviaria com telhados de zinco!mas infelizmzntz é esse o brasil, mas que as autoridade paulistas aceitam este desrespeito vis à vis deles, isto me espanta!afinal mais parece um grupo escolar dos anos sessenta, e daqueles bem mal acabados...!não não é possivél que ninguém se revolte, e diga à estes senhores arquitetos que o pedido foi de criar algo de inusitado, de novo, sobretudo de belo!(e ai eles realmente falharam à quase 1000%!),de original de grandioso, de simbolico, ouvi dizer ou melhor li, que eles iriam instalar até mesmo um escritorio em são paulo, para assim comprender, captar, melhor a dinamica historica e arquitetural da cidade para criar como era de se esperar algo maravilhoso, nunca visto, como são normalmente os trabalhos deles, mas o que vemos agora é o que chamo simplesmente de fiasco, vergonha sobre eles e sobre os que não tomarem uma ATITUDE! diante deste disparate, tnao caro diga-se de passagem
    muito obrigado, pela oportunidade de expressar minha imensa indignação
    que pena...!
    josé emidio

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