quinta-feira, 2 de abril de 2009

A praça dos museus na Luz

No fim de 2002, a Universidade de São Paulo (USP) anunciou a elaboração do projeto de construção de uma "Praça dos Museus" (mais detalhes em futuro post). A proposta que aqui apresento é uma derivação da idéia original uspiana, transferindo-a da Cidade Universitária para o Centro da cidade (em post futuro, explico melhor os motivos).

A ideia segue o que encontramos em diversas cidades do mundo, onde algumas regiões são dedicadas quase que exclusivamente à cultura, à educação e ao turismo relacionados a estas atividades. Posso citar rapidamente a Ilha dos Museus (Berlim), South Kensington (Londres), o Central Park (Nova York), etc. Na região da Luz, em São Paulo, encontramos uma configuração que permite a construção de uma área semelhente, conforme listado no post anterior.

A proposta é de transformar a Praça Julio Prestes em centro desta "Praça dos Museus" de São Paulo. De um lado já está a Sala São Paulo. No centro, do projeto a Praça , requalificada, reurbanizada e com vida dia-e-noite, cercada de centros culturais (no sentido amplo), possivelmente com bares e restaurantes. De um lado da Praça, já está a famosa e maravilhosa Sala São Paulo. Do outro lado, estará a Companhia de Ópera e Dança.

Minha sugestão, então, caminha para a construção de um grande e moderno Museu de História Natural, ou, se preferirem, apenas Museu da Natureza. Este reuniria os acervos atualmente reunidos nos seguintes museus: de Zoologia (MZ), de Geologia (MG), de Anatomia Veterinária (MAV) e Oceanográfico (MO), todos da USP.

Reparem que a ideia é a de estabelecer uma conexão entre o atual eixo Sala São Paulo-Pinacoteca com o nascente núcleo "Bom Retiro", onde já está o Museu da Energia (R. Silva Pinto) e, na frente, em construção nova unidade do SESC.

Ainda na praça Julio Prestes, mas do outro lado da avenida Duque de Caxias, já há um quarteirão declarado de utilidade pública pela operação Nova Luz (formado pelas Ruas dos Andradas, General Osório e do triunfo). O quarteirão contíguo (Duque de Caxias x Santa Ifigênia x General Osório x dos Andradas) poderia ser igualmente incorporado à proposta e toda a área seria então dividida da seguinte forma: na face voltada à avenida Duque de Caxias poderia ser construída nova sede para o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), enquanto que a área atrás do Centro Tom Jobim, acompanhando a Rua General Osório, seria transformada em uma grande praça.

Nesta praça, bem como na Julio Prestes, poderiam ser instalados cafés e restaurantes voltados ao atendimento do grande público que passaria a freqüentar a região.

Este projeto é impossível? Considero que não. Ambicioso? Certamente. Mas, um pensamento de médio-prazo da Prefeitura e do Governo do Estado certamente permitiriam sua construção no prazo de aproximadamente uma década (cronograma em post seguinte).

Nos posts a se seguirem, detalherei o projeto: os motivos da instalação da Praça dos Museus na Luz e não na Cidade Universitária, os esquemas de transporte público e alimentação. Serão apresentadas também as funções deste tipo de região em outras cidades do mundo, bem como dos Museus de História Natural.

Conto com comentários e colaborações dos visitantes. Quem sabe a proposta, melhor desenhada e elaborada por arquitetos e urbanistas, não consiga seduzir a Prefeitura e o Governo do Estado?!


Um comentário:

  1. Carlos Henrique Passarelli18 de junho de 2009 às 15:29

    Excelente ideia! Já que é pra viajar, acho q poderiam fazer uma passagem subterrânea na Duque de Caxias pra tirar o fluxo de automóveis entre o prédio do MAE e a Praça, que tal? Nesse túnel podia ter já a saída pro estacionamento da Sala SP.

    ResponderExcluir